O que mais incomoda as mulheres diante do desafio de conciliar maternidade e trabalho é a sensação de não estar sendo uma boa mãe por deixar a criança aos cuidados de outro, por passar poucas horas do dia com o filho e por não ser a primeira a ver as gracinhas que o bebê faz. 

Muitas vezes, seja para cumprir uma missão pessoal – na vivência profissional – ou mesmo a título de complemento de renda, viver a experiência do trabalho pode causar muitos dilemas, pois nem todas as estruturas atuais são favoráveis à mulher que tem filhos.

As mães têm a sensação de estarem perdendo os melhores momentos com os filhos. 

Pensando nisso, preparamos sete dicas para ajudar você a minimizar o impacto emocional e prático do desafio de conciliar maternidade e trabalho.

1- Escolha com cautela quem cuidará do seu filho

Para que você possa trabalhar com mais tranquilidade, é preciso que tenha plena confiança na pessoa ou na instituição que cuidará do seu filho enquanto você estiver ausente.  Isso te deixará mais segura, e você poderá se concentrar no trabalho.

Seja com os avós, com uma babá, ou em uma escolinha, a criança e a mãe precisam de um período de adaptação, que é necessário ser feito antes de a mãe voltar ao trabalho

A criança tem que se acostumar, aos poucos, a ficar com outra pessoa, assim como a mãe precisa aprender a confiar em deixar seu pequeno aos cuidados de outro. Portanto, para que você volte ao trabalho e possa se dedicar plenamente a ele, organize isso com antecedência. 

2- Não terceirize a educação do seu filho

Deixar as crianças aos cuidados de outra pessoa ou de uma instituição para que você possa trabalhar é, muitas vezes, necessário. Contudo, isso não significa que você deva terceirizar a educação deles. Pelo contrário. 

Ainda que trabalhem fora, a responsabilidade de educar é dos pais. E, como menciona a declaração Gravissimum Educationis, do Concílio Vaticano II, trata-se de um “grave dever”

São os pais que devem ensinar sobre os hábitos básicos – alimentação, higiene, sono –, os valores cristãos e morais, deixar claro as regras e dar limite às crianças. Os avós, o cuidador ou a instituição de ensino devem apenas reforçar aquilo que os pais transmitem. 

3- Ajuste sua carga horária para não levar trabalho para casa

Ser mãe e trabalhar fora exige certa renúncia. Portanto, aproveite bem o seu horário de trabalho para resolver todas as questões e não levar trabalho para casa.

Essa solução está longe de ser uma realidade para muitas mulheres, mas, se for uma possibilidade, não hesite em reduzir – ou caminhar para isso – as horas dedicadas ao trabalho para favorecer seu desenvolvimento humano e, sobretudo, sua missão como mãe.

E lembre-se de ajustar o turno do trabalho para o horário em que seu filho estiver na escola, assim ambos terão a mesma parte livre do dia. No horário em que você estiver com sua família, procure dedicar-se exclusivamente a ela. 

4- Desligue-se das redes sociais

No momento em que estiver com seus filhos, procure de fato estar com eles. É comum as crianças se queixarem de que o pai ou a mãe não lhe dão atenção porque ficam no celular. De fato, é muito frustrante estar ao lado de alguém que fica disperso com outras coisas.

Esteja presente não apenas fisicamente ao lado deles. As crianças querem interagir, conversar e brincar. Todo o tempo que, de fato, você dedicar a seu filho será especial para ele.

5- Acompanhe o desenvolvimento escolar do seu filho

Converse com seu filho sobre o que ele aprendeu na escola, sobre suas amizades. Olhe seus cadernos e acompanhe sua agenda escolar diariamente. Isso demonstra ao seu filho que você tem interesse por ele, mesmo estando ausente durante o horário de trabalho. 

Além disso, é importante para a criança compartilhar aquilo que aprendeu, pois serve de estímulo para buscar mais conhecimento. O acompanhamento escolar é mais do que necessário e é uma tarefa que cabe exclusivamente aos pais. É importante também, nesse contexto, buscar um relacionamento próximo com a escola.

6- Crie uma rotina 

A rotina ajuda na organização pessoal. Então, crie uma rotina que ajude você a priorizar seus filhos. Veja alguns exemplos:

  • Planeje uma ou mais refeições em família, de acordo com seu horário de trabalho;
  • Defina o horário do banho – que pode ser mais uma oportunidade de interação entre vocês;
  • Combine o horário das brincadeiras – sim, não deixe de brincar com seu filho;
  • Tenha o momento da leitura – crianças, geralmente, gostam muito de ler e de ouvir histórias;
  • Escolha um período para verem desenhos ou filmes juntos;
  • Separe um horário para a criança fazer as tarefas escolares;
  • Faça passeios em família; etc.

7- Deixe seu filho seguro do amor que você sente por ele

Crianças já mais crescidinhas podem sentir-se menos amadas quando notam a ausência do pai ou da mãe. Mas isso não acontecerá se você demonstrar sempre o amor que tem por seu filho. 

Atenção: demonstrar amor não significa dar presentes numa tentativa de recompensa por passar menos tempo com seu filho, muito menos deixar que ele faça tudo o que quiser e na hora que bem entender. Crianças precisam, desde cedo, aprender a ter limites e, como já foi dito, isso ela aprende com os pais.

A criança sente-se amada quando é acolhida, quando os pais a escutam contar sobre seus dilemas, quando é abraçada e beijada, quando a mãe ou o pai deita-se ao seu lado até ela pegar no sono. Enfim, quando é acompanhada nas atividades do dia a dia.

E não se esqueça de dizer todos os dias ao seu filho, ao sair e ao retornar para casa, que o ama.

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