10 coisas que toda criança deveria aprender na escola

filho na creche

A escola exerce um papel fundamental na construção social de uma pessoa. Contudo, existem algumas questões com “prazo de validade” a serem colocadas na rotina, no imaginário e na formação da criança. Por isso, é preciso valorizar essa relação e estreitar o vínculo “escola x família”, para que caminhem sempre na mesma direção.

Mas por que essa influência da escola pode ser tão impactante?

Por um motivo simples: o tempo.

As crianças da geração atual passam mais tempo na escola – inclusive em atividades complementares, contraturno etc. – do que as crianças de 10, 20 anos atrás. E é na infância que a pessoa está mais aberta e predisposta a aprender e formar seus valores.

Selecionamos 10 coisas que a escola deve ensinar à criança a fim de cumprir seu papel de colaboradora na formação integral dos seus alunos.

1. Educação financeira

Não é sobre sair do ensino fundamental dominando aplicações na Bolsa de Valores, mas ter uma noção mais verdadeira sobre juros, receitas, rendimentos, bom uso do dinheiro, conservação de patrimônio e, claro, prevenção de dívidas!

Aprender educação financeira na escola, junto com as disciplinas regulares, valorizando a importância de usar de forma correta e inteligente o próprio dinheiro pode mudar a cultura de um país! Já parou para pensar nisso?

2. Resolução de problemas

Atualmente, há diversos cursos sobre esse tema, serviços de consultoria, bem como abordagem de mediação e resolução de conflitos e problemas em condomínios, famílias, empresas e escolas.

Embora pareça algo muito simples e que dispense o aprendizado de técnicas, a realidade mostra o contrário: são brigas de trânsito com consequências desastrosas, famílias divididas, casais, pais e filhos etc.

As técnicas de mediação de conflitos e resolução de problemas são fundamentadas na escuta ativa e atenta, bem como nos conceitos de comunicação não violenta.

Isso tudo a fim de ajudar as pessoas a viverem de forma harmônica, respeitando as diferenças e encontrando a chance de dialogarem para chegar a um ponto comum, mesmo em situações conflituosas.

Já imaginou a riqueza de ter essas técnicas sendo estudadas e vivenciadas na escola?

3. Inteligência emocional

O quociente emocional (QE) tem a mesma importância que o famoso quociente de inteligência (QI). 

A família, a escola e todos os ambientes sociais que auxiliam na formação da criança devem colaborar para que ela tenha uma afetividade estável e saiba viver de modo inteligente suas emoções, não permitindo que a razão saia de cena frente às situações desafiadoras.

Há inúmeras formas de ensinar e desenvolver a inteligência emocional das crianças na escola.

4. Nutrição

Ainda que os hábitos alimentares adquiridos pela criança, na família, não sejam os mais saudáveis, é possível quebrar muitos paradigmas quando o assunto é abordado na escola.

Com o devido embasamento, a escola pode dar a oportunidade de a criança experimentar, provar os alimentos e desfrutar de uma refeição saudável.

A escola pode oferecer a experiência positiva da alimentação saudável e desfazer o mito de que “o gostoso não é saudável”. Além disso, essa transformação alcança o aluno de forma tão intensa que ele pode se tornar o vetor da mudança em sua casa se a realidade familiar não acompanhar esse cenário.

5. Cuidado com o corpo

A relação com o corpo poderia englobar inúmeras variáveis, inclusive a questão da alimentação. Entretanto, o corpo é um espaço individual e precisa ser cuidado de forma íntegra.

Nesse sentido, é preciso oferecer às crianças consciência corporal, noções de sua própria dignidade, fortalecendo-as na autoestima, prevenindo bullying e relacionamentos abusivos.

Atualmente, é cada vez mais essencial que as crianças aprendam isso em casa, assim como no ambiente escolar. Além disso, compreender a sacralidade do próprio corpo ajuda a respeitar a si e aos demais.

6. Empreendedorismo

Não é comum encontrar escolas que ofereçam um trabalho realmente eficaz na área de empreendedorismo. Todavia, concluir o ensino médio com uma clareza maior sobre os rumos que se pretende tomar, incluindo a perspectiva de se abrir uma empresa, já é algo palpável e possível.

Muitas crianças conseguem enxergar seu potencial empreendedor na escola e, para isso, é preciso dar a elas um suporte objetivo: projetos, experiências, noção de custo e receita, respaldo legal para empreendedores. 

É realmente incrível que um aluno saia da escola não pensando apenas em ser um empregado, mas alguém que emprega e empreende!

7. Criatividade e inovação

Apoiar uma criança ou um jovem para que extraiam de si a curiosidade natural e a capacidade de criar é algo muito importante durante a vida escolar. 

Seja por meio de projetos, disciplinas formais ou atividades extracurriculares, é cada vez mais necessário que haja tempo e espaço para o desenvolvimento das habilidades criativas! A escola do seu filho oferece isso?

8. Oratória

Muitas pessoas sentem-se incapazes de se expressar, falar em público, defender um ponto de vista, bem como coordenar uma equipe oferecendo instruções claras sobre o que precisa ser feito.

A oratória, mais do que falar a outras pessoas, envolve equilíbrio emocional e uma série de elementos que podem e devem ser trabalhados na escola.

Portanto, a oratória é mais um componente muito interessante para ser vivido no itinerário educativo de uma criança.

9. Convivência e valores

Imagine uma escola que ofereça aos alunos um programa de crescimento em virtudes, na qual toda a rotina seja permeada por valores e pela prática do bem. Magnífico, não acha?

O maior legado que se deixa a uma criança é o que ela pode guardar dentro de si e que a ajudará a viver de forma saudável e harmônica, em sociedade e consigo mesma. Em suma, isso faz parte de uma concepção de formação integral.

10. Espiritualidade

Como a escola lida com a fé que a criança professa?  Em 2006, o Centro Nacional de Pesquisa de Opinião da Universidade de Chicago (NORC) divulgou uma pesquisa sobre o nível de felicidade entre os norte-americanos.

40% das pessoas responderam se sentir extremamente felizes e “perto de Deus”. Já entre as pessoas que dizem não estar “nem um pouco perto de Deus”, o nível de felicidade desce para 24%. 

Talvez a relação não tenha, diretamente, tanta importância num contexto escolar, mas diante de uma proposta de formar uma criança de modo integral, a espiritualidade precisa ter um espaço privilegiado nesse ambiente. 

Pode ser que você tenha muitas outras ideias e necessidades sobre coisas que gostaria que seus filhos aprendessem na escola. Isso, claro, varia conforme região, perfil socioeconômico, contexto geográfico e até climático. 

Inegavelmente, uma coisa é certa: as famílias e a escola estarem cada vez mais unidas na tarefa da educação só tende a fortalecer a formação dos alunos e, mais que isso, formar adultos conscientes e responsáveis!

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